HARMONIA

Quero cortar todas as pontas indistintas

que se alastraram, que invadiram minha essência

no decorrer desse viver de impaciência,

de tantos medos e revoltas, tantas fintas.

Não vou fazer acusações, nem julgamentos,

nem atitudes de patética arrogância

que me brotavam da brutal intolerância,

a grande dona dos meus rudes sentimentos.

Fazer brilhar dentro de mim o diamante

que encontrarei depois de sábias, cãs renúncias,

não ser só certo, não fazer cegas denúncias.

E vou seguir plantando paz a todo instante!

Mas para isso hei de ter, colher o bem,

todo o respeito do meu próximo também.

Marco Aurelio Vieira
Enviado por Marco Aurelio Vieira em 14/10/2010
Reeditado em 15/12/2010
Código do texto: T2555430
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