QUERER! (por L´monde)
QUERER! (por L´monde)
Onde começa o sonho
Que pode ser alegre ou medonho?
Onde começa a realidade
Que é efemeridade e é a eternidade?
Ao longe as montanhas perdem a cor
Como o tempo dilui toda a nossa dor
E as nuvens no céu não passam de algodão
Como sou vida antes do embrião
Nada tem verdadeiramente um inicio
Estamos seguindo um destino sem desvio
Busco solução no efêmero contexto
Na ampulheta não há o ano bissexto
E Deus numa insanidade fez o pôr-do-sol
Brincou com formas e criou o caracol
Grande são as graciosidades do Inventor
Faz tudo do caos nem pensa em ser escritor
E em minha cabeça colocou uma usina
Que reinventa tudo que ele fez até a neblina
Num flash de maquina paraliso o ocaso
E da criação dele faço pouco caso
E queria não ter a mente tão limitada
E ter uma alma pronta e não irritada.
As queimadas forçaram o tronco a se enrugar,
Assim como a vida tenta a todo custo me subjugar
Queria tanto estar embrutecido como uma rosa
Que na beleza e na calma é muito raivosa
Nas pétalas estão o amor e a beleza
Nos espinhos é em grupo esta sua dureza
Na moeda de centavo de minha vida vazia
Tento entender o amor, o ódio e minha mania
Entender por que sou feio quando me acham belo
E querer sempre viver no mundo paralelo.
André Zanarella 01/12/1999