Lábios Rainha I

A noite declina com a música em asas,

E com o tempo no acaso,

Seus dedos anestesiam os ponteiros,

E seus olhos dopam as horas...

Noite – minha Amante leal,

Sempre me vem possuir,

Sua carne não me renega,

E seu corpo é sempre meu.

Que homem pode aqui sofrer olhando teu céu?

Sou o libertino ébrio,

Ao sol morto em mim,

Entretanto – a ti... Sou Rei e tu Rainha...

Nossos castelos invisíveis,

Habitam a imaginação,

A ilusão faz-me afortunado,

Pois o real – é para todos os olhos,

E a fantasia apenas para nós nasce,

Simplesmente nós a matamos – unicamente nós a temos,

Adentro do fim de nosso Ser...

Diego Martins
Enviado por Diego Martins em 13/10/2010
Código do texto: T2553418
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