Lábios Rainha

A luz cresceu,

Devorando a Noite,

Adentrando teu Ser...

Meus olhos curvos em despedida,

Minha fronte nua do luzir se repele,

O noturno fala a língua dos ébrios,

O diurno a dos lúcidos,

E o entardecer é mudo...

As pernas do ocaso dançam sem rumo,

Suas entranhas sem donos,

E seu ventre infinito,

O dia é a meretriz de todos,

A Noite é dos poetas...

Dama Amante – Lábios Rainha,

Teu servo lhe saúda,

Sou lhe grato por existir...

Diego Martins
Enviado por Diego Martins em 13/10/2010
Código do texto: T2553412
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