Espelhos do tempo

O rumor das ausências

visitando os espelhos do tempo

alimenta a sede do poema

embriaga o silêncio.

Estéreis acordes

já não convidam à dança

às festividades da alma

à emoção do acalanto,

e uma invasora saudade

arranha as entranhas das

possibilidades.

Melodia encerrada?

Não. A vida faz apenas

uma pausa

e crava nas folhagens dos fatos

as suas irretocáveis verdades.

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