Se a vida me agarra, o vento canta! (reeditada)
Se a vida me agarra, o vento canta
Se a vida me agarra e abre a porta de supetão
A luz há de me cegar.
Então fico assim por entre as frestas do mundo
Permitindo-me aos poucos
Espiar lá fora o vento que canta.
Ai quem dera pudesse sair de mim
Sem que eu mesma percebesse
E chorar...
Sem que as lágrimas doessem tanto.
Ah! Se a vida me agarra e me grita!!!
Ensurdeço em alma e tudo em mim se agita
Tendo medo...
Paraliso e escureço.
Se o teu sorriso me mostra os sonhos (meus)
Fico cara a cara com o vazio.
Sina de quem entra devagarzinho entre a paixão e a dor
E traz consigo a dança do vento.
Juro que vi. Juro que já senti... Lembro que os dias
Tinham no mar, um caminho certo para se encontrar
Ou se perder. Eu vi... Eu caminhei.
Mesmo que ainda não entendesse por que.
Tinha no vento que dança o riso e trazia comigo
Cada abraço que guardei...
Entre o céu aberto e a porta que limita meu grito.
Sentei e chorei.
Nem o vento sabe a liberdade que tem
Entre as horas que canta.
Ah! Se a vida me agarra peço ao vento que reencontre
Cada sorriso teu no meio dos sonhos meus.