ESFERAS FEBRIS


Na ousadia de beijos trêmulos
Entre febres de espera
Nos uivos de carinho
Moldados em mãos sinceras
Nesta viagem que é um solo nosso
Desenhado em curvas na parede sob a pele
Eu desfilo faminta
Enfileirando carícias
No tremor das pernas
Bebendo tempestades nos lábios
Sem ao menos ter provado da sua boca

(Dama da Poesia)


Entre as febres de espera
Eis minhas feras sem caminho
Perdidas dentro de mim pelas esferas
de mil voltas de solidão e de espinho
Imaginando delícias de múltiplas frutas
Guardadas ou extraviadas, em desalinho,
Em tensão de intenção, impaciência, em conduta bruta,
Em ociosa espera silenciosa sem vinho
Sem sentido no mistério que labuta
Pelo verão de amor que chove carinho
A paz branda das nuvens em gotas de cura

(Ângelo Trombetta)


Agradeço com todo carinho e estima ao Poeta Ângelo Trombetta pela parceria neste poema, na cumplicidade dos versos na dualidade intríseca que foram banhadas as palavras em tantas esferas febris que vestem a alma.Muito obrigada!
Fernanda Mothé Pipas
Enviado por Fernanda Mothé Pipas em 12/10/2010
Reeditado em 12/10/2010
Código do texto: T2552831
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