Enigma
A noite cai escura e fria
sinto-me só ao pensar que a distância de tudo o que quero e desejo
me desafia
sempre esta palavra que persegue-me desde menina tal lâmina fria
Espera
Não sei onde me perdi. Hoje? Ontem?
Nunca imaginei que ao futuro minha vida pertencia
Como se todas as minhas memórias houvessem se perdido
emoções passadas, vividas, sentidas, cicatrizes da alma.
De nada valeram, sinto-me nua, pq este vazio? Eterna procura?
É como se minha vida dependesse desse inadiável encontro.
Te busco na absoluta leveza líquida onde gritas meu nome,
chamas-me nos sonhos.
Deixas-te sinais desde os tempos antigos, códigos, enígmas, pergaminhos.
Mas não te encontro.
Sigo á procura nos silêncios da noite, nas areias do deserto, nas vozes longínquas.
Te encontro nos meus sonhos, no tempo sem relógio onde um dia cruzaram-se nossos caminhos.