CILÍCIO - PARTE I
Há pouco pressenti que tu virias
Perfeita em todo aspecto possível
Dum céu todo estrelado das nuances
Tingidas pela própria Estrela d'Alva!
Servi como um escravo o tempo exato
De não gozar em ti mi'a liberdade
Quis não te devotar um beijo amargo
De um fel que, no meu sangue, está latente
Parti sem questionar meus pensamentos
Que, livres, se perdiam em águas cálidas
Sem ar, vagavam entre dores fundas
E as cores do jardim da mesma casa
E, errante, sem vitória ao céu da vista
Podendo, sem motivo, declinar
Ao mar sem terra firme ao seu redor
Que trouxe permanente em teu lugar
Gemi de desespero à noite pútrida
(Não sabes que, sem ti, só a vejo assim?)
Quebrei pelo caminho toda pérfida
Lembrança que trazia - te viva em mim
A Força pouco a pouco enfraquecia
Andar já não era mais como um castigo
E o choro esmagador de todo dia
Solvi - o na solidão que está comigo.