A CÚMPLICE
Deita-me à margem desse rio
que corre ligeiro e silencioso
e mágico
Deita-me na relva à margem
desse rio que corre sinuoso
e límpido
Deita-me no leito desse rio
que envolve caprichosamente
o meu corpo
Deita-te ao meu lado
nas águas desse rio que ousamos
buscar a dois
Inunda-te nas profundezas desse rio
Segurando a minha mão
que aperta a tua
Banha-te nas águas desse rio
tocando teu corpo no meu
e sinta me calor
Sonhe na grandeza desse rio
e nessa cumplicidade
sonhemos, à margem do rio