Morena
Morena
Tantas passaram,
Quantos olhos límpidos
Me desejaram,
Nenhum feitiço.
Quantas mãos me apertaram,
Quantos olhos desejaram
O meu demorado beijo
E nenhum desejo.
Quantas ganharam
Os efêmeros versos
De momentos de ebulição,
Que em segundos esfria.
Muitas me amaram,
Outras choraram
Diante do silêncio,
Onde o meu coração mora.
O meu amor é um.
Vasto, longínquo.
Fronteiras,
Distância maldita.
Amei uma apenas.
Chorei por uma só.
Fiquei louco e feliz
Lucidamente contente,
Só por você.
Eu não me reconheço
Cada vez que te conheço,
Mais e mais,
Mais me entrego.
Você me encanta
Agiganta minha alma pequena.
Você é meu devaneio,
Meu real querer
Meu mundo inteiro.
Você é minha poesia rimada
Metrificada, tocada,
Aspirada.
Você é serena,
Que me atormenta,
Estremece-me de saudade,
Você é minha morena
Minha, minha, minha.
Daniel Pinheiro Lima Couto.
29/09/06