[Lamento do Forasteiro]
Ah, como é longa esta estrada...
que sede estranha é essa,
como me cortam estas lembranças,
como me doem estas feridas...
Escuras e tristes são as minhas veredas!
O céu aberto e claro do meu Planalto Central
é para sempre longe dos meus olhos!
Ah, nas noites caladas e frias, sentir o vento,
e colher do céu braçadas de estrelas!
Ah, como é amargo este pão!
Forasteiro eu sou...
[Penas do Desterro, 10 de outubro de 2010]