ainda que o mundo
hoje acabasse
eu não devolveria sonho algum
vivi o que tinha a ser vivido
sorri abundância de sorrisos
não derramei lágrima em vão
todas precisavam sair
tempos revoltados
questionaram-se
deles parti
não mais escrevo nomes
na memória
os guardo no coração,
nos recantos ainda verdes
a espera de maturação..
não há tempo que determine
hora para largar o sentimento
o que acontece por dentro
não está dependendo do tempo...
mas, ELE, o tempo chega ,
impregnando nosso momento
tornando cético nossa crença
no que já não nos remexe o ventre
aquele frio na barriga acaba ,
o coração desacelera,
o relógio ja não serve
pra marcar esperas
a voz não embarga
o doce agora amarga
e a gente não sente...
não sente que tudo passa
que por pior que seja a fumaça
o vento sopra
espalha, e o tempo chega
e ralha.....
então olhamos pela janela
nos vemos perdidos pela estrada
que desabou...
acidentados , soterrados
por abandonos e lá vem dor,
ah ! mas chega ... não morrerei aqui
alguém aí, me ouça, por favor...
meu coração agora bate forte
o socorro chega
de qualquer parte
as vezes em uma mensagem de celular
outras alguém grita :
VAI PASSAR...
e passa.....
passa o tempo
e o unguento das alternativas
vai adiantando,
o linimento forte
da sobrevivência
vai evaporando
trazendo ALÍVIO....
e ainda que o mundo acabasse
eu não devolveria sonho algum
passei muitos tumultos na vida
mais senti um por um
e essa foi minha parte
que fiz simplesmente
o resto é apenas comum...
vivi o que tinha pra viver
chorei pra estancar o morrer
e ressucitei diferente !!