Carnívora*

Quando o mosto
das palavras se esbate
seja em farfalhos de seda
ou de crueza vestidas
adagas da ausência
ou de torpores sem vida
-rasgam o poeta inteiro-

Palavras outras
tão raras
que são veludos
nos gestos em que nos damos
-dão o lume nesse rio que navegamos-

Apenas letras?
Paixões inertes?
Flor carnívora
Poeta
Da poesia se alimenta
A palavra é por si só
Um poema.

Karinna*

Karinna
Enviado por Karinna em 09/10/2010
Código do texto: T2547574