Inteira

Só me dedique um tempo, pequeno, mas que seja suficiente para ser aquilo que não és sozinha

Não te acorrente a minha constante presença, mas viva com plenitude o que existe entre nós

Olhe me nos olhos e veja tudo o que eles dizem, mas não tema em ver a verdade

Segrega a tua razão daquilo que sente, e se deixe ser inteira de sentimento

Descalça teus pés, e ao tocar o chão do meu quarto sinta-se novamente em casa

Desnuda-te de tudo que não te deixa ser parte de nós,

Põe na gaveta do criado mudo todos os teus medos, e em baixo da cama esconde tuas magoas

Abra as janelas e deixa ar novo entrar, fecha os olhos e aquieta os ouvidos para ouvir o mar

Ouça meu amor quando devagar os teus cabelos eu afagar e tente esquecer os outros

Só por enquanto eu me faço de ti paixão, e como se merecesses te dou todo carinho que nunca teve

Como mulher eu te trator, como amante eu te tomo e como criança eu te amo

E se mesmo assim quiser ir embora, eu te digo adeus sem culpa e sem medo

E se ainda não te sente parte do que fizemos, eu não mereço estar contigo

Mas se quiseres, a se tu quiseres, serás de todas a única...

Hugo Eduardo
Enviado por Hugo Eduardo em 02/10/2006
Reeditado em 18/06/2007
Código do texto: T254326