O amor e a tempestade
Um jovem amor é como tempestade,
Vertendo impetuosa por sobre o mar.
Denso e profundo qual é a saudade,
Quando em lágrimas emana do olhar.
Na união das águas vem a puberdade
Os doces efluvios misturam-se ao fel,
Não parece amor mas sim crueldade,
Viver-se no inferno, desejando ao céu.
Crê que a chuva vai derramar-se além,
Escoando inditosa levará o seu penar
Pois que no amor jamais caberá desdém.
No curso das águas vem a maturidade.
Hoje, a tempestade chama-se de amar,
E o que já foi fogo tornou-se claridade.
Brasília-DF, 06 de outubro de 2010.'