...Inventada Amante...
Calado e faminto,
Sem teu riso eu vago,
Nas ruas sem cores,
No vento intacto,
Dos sólidos gritos noturnos.
Destrói a ausência,
De tua beleza fugaz,
Do palpitar de teu seio,
Neste crepúsculo de solidão...
Desejo fartar-me em delírios,
Antes de a aurora sufocar meus desatinos,
Seja à noite meu luzir,
Em instantes em que busco somente a ti,
Como uma esperança morta,
Sem frescor de rosa,
Mas com a força de um espinho,
A ferir as mãos mais belas,
Se estas não forem as tuas,
Meu corpo tem teu nome,
E o teu corpo sou eu...
Espero-te...
Virás?
Não me importa...