Todas as folhas da primavera

Todas as folhas da primavera

Foram levadas pelo vento,

E o silêncio oculto do concreto,

Continua imóvel como teu silêncio.

As ruas coloridas,

a noite perdem seu encanto,

o brilho…somente das distantes estrelas.

Os sonhos,

presentes individuais dos homens.

O frio, a razão querendo tomar seu corpo.

Ao longe,

Ecos de vozes solitárias e sem nome,

que sobrevivem em meio ao esquecimento.

A luz fosca da vela,

Revela a silhueta,

mas não o pensamento.

Todos dormem esta noite,

Menos os que sofrem,

os que temem a solidão.

O frio assusta os que vivem preso

As sua lembranças,

O frio machuca…castiga.

Quantos prantos secaram em vão,

Enquanto outros milhares brotavam sem sentido.

Muitos procuram os seus caminhos,

e outros fogem deles.

Alguns somente esperam,

Esperam saber o motivo de sua espera.

Outros apenas sonham,

e se entorpecem com eles.

Uns acreditam em anjos,

e outros não acreditam nem em si mesmo.

Todas as folhas da primavera,

Foram embora com os ventos,

muitas pessoas também se foram com elas.

Muitas ainda irão.

Mas á aqueles que preferem observar as estrelas,

E acreditar no amor e em si mesma.

Viver em quanto se pode,

e voar enquanto ainda tem asas.

Brincar de sorrir e de chorar,

Encontrar sentido na abstracção dos sonhos.

Ver o brilho que se esconde no sorriso.

Criar um paraiso… e sempre fugir para ele.