Uma cidade distante, estranha
Por ruas desertas e escuras
Estradas perigosas sem destino
Noite iquietantemente silenciosa
E fria de um céu sem lua e estrelas
Tamanha tristeza de perder as emoções
Solidão sem tamanho dentro do vazio
Assim é que voam os meus pensamentos
Mais que perdidos, voam esquecidos
Guiados pela dor de mais um momento
Imersos na imensidão absurda do tempo
Que não passa de coisa que passa
Sem que veja nada que por ele passe
Entre viver e sonhar, um impasse
Entre morrer e amar, nenhum desenlace
Que tudo acabasse passando rápido
Liberto de vez das garras do tempo
E que matasse tudo o que sobrevive
Do sonho ou do sentimento
Numa rua deserta de uma cidade distante
Que insiste existir só no pensamento
Como todo o amor que ainda se sente
No que ainda não morre do momento
Marcos Lizardo
Enviado por Marcos Lizardo em 06/10/2010
Reeditado em 01/08/2021
Código do texto: T2540221
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