Minha Desordem

A saudade caminha por todos os lados

Sinto o corpo e a alma velados

Transpassados por meus próprios atos

Sou lobo ferido e banguela

No cinzeiro umas poucas cinzas

Ora em que tudo me angustia

Tendo estancado já toda hemorragia

Pois nem me há mais sangue

Sinto-me envolto do meu próprio vazio

Deixo-me longe de qualquer esperança

Oferto pro mundo sua vingança

Ele a executa imparcial e frio

Definho nos meus versos

Ostento minha tristeza

Uivo nas águas glaciais do dia

Desdenho do meu castigo

E continuo até meu próximo sorriso...