Gosto da vida
O homem não é só carne e osso,
Também tem a razão e a alma parida,
O corpo é um desenho, um frágil esboço,
O espírito é uma nuvem que vaga perdida!
Não seja como águas paradas de um poço,
Nem de um fosso, água pestilenta, pútrida,
Seja aquele rio corrente, águas em colosso,
Que chega ao mar pela praia desconhecida...
Busques as boas virtudes, oh! moço,
O nefasto defeito seja da tua vida varrida,
Ele trará à tua vida um gosto insosso,
E a vida, caro moço, moça, é só de ida!
Não trate a vida como se fosse mero troço,
Tu a ela dás paladar, como a suave bebida,
Como deliciosa comida dum bom almoço...
Cálice à mão, sinta a vida, do peito, cada batida!
O homem não é só carne e osso,
Também tem a razão e a alma parida,
O corpo é um desenho, um frágil esboço,
O espírito é uma nuvem que vaga perdida!
Não seja como águas paradas de um poço,
Nem de um fosso, água pestilenta, pútrida,
Seja aquele rio corrente, águas em colosso,
Que chega ao mar pela praia desconhecida...
Busques as boas virtudes, oh! moço,
O nefasto defeito seja da tua vida varrida,
Ele trará à tua vida um gosto insosso,
E a vida, caro moço, moça, é só de ida!
Não trate a vida como se fosse mero troço,
Tu a ela dás paladar, como a suave bebida,
Como deliciosa comida dum bom almoço...
Cálice à mão, sinta a vida, do peito, cada batida!