CORAL DE LIBRAS
As mãos brancas cantam em aquarela
Ou voam, depende de quem vê.
As palavras chegam a nossos olhos
Como um sonho que não se lê...
Quais são os sonhos nessa noite fria?
As letras saem daqueles dedos, daquelas mãos...
É música audível para o coração
E a alma entende e sente a nostalgia...
O mundo é a comunicação da sensibilidade,
É a partilha de dons surpreendentes...
A roupa preta destaca o que não se pode ver:
A alma não tem cor, não tem idade...
As mãos cantam e o amor vai voltar...
As “libras” não trazem o preço do sentimento.
Quero fazer minha mão gritar
Como é lindo esse momento!
E, numa folha qualquer, escrevo o que desconheço...
Meus olhos, vidrados, imaginam um novo mundo
Onde os sonhos que passam a cada segundo
Não são só mãos falando sobre sonhos...
Imagino, enquanto as mãos cantam,
Que poderíamos saber muito mais...
As mãos cantam, declamam...
E eu sinto tanta paz...