LUTO COM AS PALAVRAS (ADA FRAGA)

o sangue escorre pelas veias,

a caneta vai serpenteando,

palavras saciam sede ceia,

e a fome, febre do quando?

versos nascem aos montes,

poemas vertem minha verve,

peso e leveza se expandem,

solidez e coragem revestem.

sou poeta, atiro-me à leitura,

como uma faminta à comida,

leio e releio e me transfiguro,

de Balzac, Baudelaire lido.

clássicos a contemporâneos,

abro amplo leque apredizado,

num mergulho pleno idôneo,

tento usar este belo legado.

Ada Fraga
Enviado por Ada Fraga em 04/10/2010
Reeditado em 04/10/2010
Código do texto: T2536977
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