Espíritos da Natureza
Hoje amanheci perene, quieto, de ouvidos apurados para o mundo
Contemplei o cerne da natureza aos meus olhos me garantindo a vida.
Lembrei-me dos meus, de todos os meus, que povoam meus momentos.
E a natureza se põe diante de mim na forma de um belo passarinho a cantar
E agradeci por eles, os meus; pelo amor que transcende de suas almas
Como eles sabem ser perfeitos achando que não são.
São obras desta natureza calma, silenciosa e vibrante.
Sentira vontade de ver os olhos que brilham após um tenro e doce abraço
Com copiosas lágrimas de acolhida e de entendimento.
Milhões de palavras reveladas em pequenas expressões
Não abertas, mas secretas apenas para os corações que se compreendem.
Hoje amanheci envaidecido de mim por ser filho da natureza
Por vê-la sempre ao meu lado me acompanhando
Dando-me forças, folhas, frutos.
Dando-me verdades e não utopias de esperanças
Mas certezas de almas simples, vivas, presentes, sentidas em meu coração.
Espíritos que vivem em mim, que me deixam a sensação de estar em eterna companhia.
Hoje amanheci contente, eu tenho ombros, eu dou ombros.
Acolho no meu peito e ando junto
Mas sem perceber eu não tava caminhando, estava sendo carregado pelos espíritos da natureza.
Que o criador maior chama de amigos!
Por Willian Freitas (Leviatan) em 04/10/2010