Eu que gritei
Estou tão só me sinto sem chão as nuvens passam sobre minha cabeça não consigo mais ver o sol, a graça do amanhecer me foje aos olhos não consigo substituir minha dor pela paz, minha felicidade existe, mas é instável ela me abandona vem e vai com o vento me deixando a deriva de suas vontades e caprichos me dando uma liberdade condicional me reservando a solitária noite em trancas pesadas sobre meus pés, minhas mãos, trancas diurnas trancas noturnas onde não cabem mais gestos e palavras, pois se tornaram inatingíveis, sem som sem retorno. Esta felicidade rasteira que me coloca sob o julgo dos seus, dos meus, dos nossos atos me reservando apenas perguntas que doem em sonhos reais demais pra que eu suporte, mas sigo assim mergulhado nessas águas incompreensivas de mim, esperando q o grito saia da garganta de quem deseja apenas voar.
Por Willian Freitas (Leviatan) em 30/09/2010