BRANCO

A velha roupa,

jeans e tênis

para seguir o caminho

em que me perco.

Flashs de luzes

na escuridão,

em meu quarto aberto

dentro da madrugada.

Marcas de pés na parede branca.

A velha amizade

poeira e má companhia

para dias limpos

e falta de sorte,

com os olhos fechados

nada é tão claro

quanto a consciência

de ter as mãos sujas.

Marcas de sangue na camisa branca.

O velho sonho

nuvens e algodão doce

em dias frios

e noites quentes,

com os corpos colados

como se perfeitos fossem

nos segundos que congelados

se derretem em horas.

Marcas invisíveis na sua pele branca.

(Da série cores)

chuvasong@hotmail.com