A ROSA SOLITÁRIA
 
    Quando subia aquela ladeira,
    tentando encontrar coragem
    para aceitar que não és minha,
    visualizei uma grande roseira
    e notei que, entre a folhagem,
    havia uma linda rosa sozinha.
 
    Me aproximei da flor solitária
    e com ela passei a conversar.
    Ela me dirigia o seu perfume,
    em troca da palavra, voluntária,
    sobre a dificuldade de se amar, 
    vencendo a perfídia do ciúme. 
 
    Entendi que aquela solidão dela
    só tinha como motivo a inveja
    e que, por capricho da natureza,
    outras não a aceitavam tão bela,
    atraindo todo aquele que deseja
    ser agraciado pela sua beleza.
 
    Então falei-lhe de ti, minha musa,
    de tua beleza e teus esplendores
    que, para sempre, conquistaram 
    minha alma que estava indefesa.
    Mas, atraída por outros valores,
    falsos amores, de mim, te roubaram.
 
                           SP – 02/09/10

 

Fernando Alberto Couto
Enviado por Fernando Alberto Couto em 02/10/2010
Reeditado em 02/10/2010
Código do texto: T2533818
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