Farsa

Vejo-te pelas translúcidas janelas dessa casa onde habitas.

O que de ti é legítimo?

O que de ti é farsa?

O que em mim é farsa?

O que em mim é legítimo?

Só sei que coube a mim mirar- te

em tão estranha janela.

Ver- te encenar em um palco de cristal

o teu papel de anjo caído,

que caminha sem saber o que procura,

Sem ver que cada ato é tormento e angústia dilacerante

Massacrando a louca alma que te ama.

Lucinéia Alves
Enviado por Lucinéia Alves em 02/10/2010
Reeditado em 02/10/2010
Código do texto: T2532998
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