...Silêncio...
O silêncio é corte nos olhos do aflito,
Que observa,
Entretanto não vê...
É sangue em eco,
De mudas vozes,
Na entranha do Nada,
Salientando o não ser...
É vento frio em brisas,
Em que nem sabemos quando, onde ou por quê...
É o desconhecido em carne,
É a era dos malditos sem gritos,
O fim dos lúcidos mortos,
Silente escrevo – silente leio....
Meus vocábulos insones,
A diluírem-se na Noite,
Isenta de fim, e repleta do luzir desnudo,
Da essência das Almas...
...Somos todos cúmplices de nossas dores...
E o rumor dos poetas do acaso...
...Em um universo de letras...
...Sinto...
Sem ter a razão para se ater...