Verdade da alma

Meu ser devaneia em uma sinagoga de emoções;

Sinto-me tão ínfima quanto as menores partículas do universo;

A alma não se acalma sofrendo retrocesso;

No qual as pulsões de morte auroram rutilações.

Porque os eflúvios do ódio precisam ser tão translúcidos?

Onde está o inconsciente e sua redoma indissolúvel?

As respostas são tão distorcidas como um crepúsculo;

Pois pensamentos são espectros de uma existência volúvel.

Almejo um resquício da bondade para purificar o tormento;

Para que com o fugitivo do inconsciente transvaze congraçamento;

E remeta os sentimentos á utópica unilateralidade.

Mas a vida muitas vezes não aceita simulacros;

Pois a verdade da alma preenche os espaços;

E mesmo o remorso não extirpa a degradante realidade.

laripsyche
Enviado por laripsyche em 17/06/2005
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