RESGATE DE SONHOS

Onde anda os meus sonhos de infância

Que em tão bela estância eu os cultivei

Não podem ter sumido eram constância

Nas manhãs da minha vida os guardei

Se nos redemoinhos que transpus na lida

Sementes rompidas caídas ao pó

Teriam ficado em estrada esquecida

Ou nos lindos cabelos soltos de vovó

Estariam esquecidos nas escadas

Ou batentes das casas de pensão

Nas algarobas paradas das estradas

Ou no silêncio gritante do porão

O desapego e descaso que aos meus sonhos dei

Foi um rio revolto que deixei passar

E em coisas pequenas eu me descuidei

E estática fiquei em vez de caminhar

Só agora quero os sonhos que perdí

Mas a todos que dormem preciso acordar

Não cometer erros como cometí

Esquecendo de meus sonhos carregar

Dalvalene Santos/2010

Dalvalene Poetisa
Enviado por Dalvalene Poetisa em 01/10/2010
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