Suspiro*
Os passos ainda são sonhos
A vontade ainda paira sem rima
O verso é silêncio
Puro, táctil e imenso.
Suspiros desenham flores
Um verão que se aproxima
O poema é manso e frouxo
Perfumado, tolo e longo.
Conspiro-me frágil
A página ainda é nua
Virgem de amor
Tinta queria ser rubra
É alva, não tão inocente
Inda sereno-me.
Karinna*