Versos Desenfreados

Estilhaçantes vidros dos versos que ainda guardo
em meio a rebeldia das letras, de pontuação desregrada
na natureza falsa que tudo absorve e não nutre o nada

Lavas frias da quente cruzada
permeando o vazio do sentido, a cólera acentuada
na balburdia silenciosa que grita a piada

Risos soltos, lágrimas presas: faces arranhadas!
Olhares mudos, boca rasgada: insolúvel cilada!
Entre o absurdo a ausência desnivelada

Pensamentos incoerentes, valsa calada: margaridas desoladas!

Atos inconsequentes, triste jornada: loucura desenfreada!
Fernanda Mothé Pipas
Enviado por Fernanda Mothé Pipas em 01/10/2010
Reeditado em 01/10/2010
Código do texto: T2532206
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.