Bifurcação paradoxal!
Andam no meu quintal,
seres rudimentares,
humanos de pata levantada,
para marcar território!
Vejo-lhes o cérebro nos pés,
os pés no cérebro!
Faço uma radiografia,
encontro umas manchas castanhas...terríveis,
que nem a cor da terra lembram!
Que pena eu tenho do meu quintal!
Queria ver-lhe flores... branquinhas, vermelhinhas...
na verdade com qualquer cor...
A terra do meu quintal geme, geme de frio,
porque se sente nua, adulterada pelo líquido feroz, raivoso,
do tosco humano, que levanta a pata!
Oh! meus queridos animais, como vos amo...
por tão ingênua existência!