Bom dia, neblina.
E pouco vi quando puxei as cortinas...
Um sol tímido e encabulado,
rosas serenadas,
grama esbranquiçada,
e um céu enevoado...
Amanhecida em lembranças de fatias finas...
Vi poesia na xícara do café,
na camisola jogada,
na cama desarrumada
e no esmalte do pé...
E no pára-brisas do carro,
nenhum vestígio de cigarro,
mas uma neblina que cegava...
Feito lembranças insistentes,
de um tempo que tudo era diferente
e o sol radiantemente brilhava...