UNIVERSO REDONDO E SEM BICO
Imantava imagéticas pedras
Que depois lançava
Em seu insuflado universo vazio
Decorado de estios aos flancos...
Não havia o que retraísse
O movimento encetado...
E o projétil, determinado,
Não desviou o tiro, o giro...
Pedregulhos cruzados
Num cosmos de mesmice,
Universo mondo, redondo,
Sem bico ou estrondo
O espaço à rocha espurca
Respondia à natural sandice
De forma sábia à chucra
A escarranchar à víndice...
Pois nada nele desviaria as pedras...
Que lhes voltavam à própria nuca
Tirando a peruca mal-segura
Das poucas idéias curtas de Fedra...