Hipnos

É o tédio que consola

A alma mais nobre

Entre os pobres de espírito

Eis o que sou...

Não mais que um níquel de cobre

E ainda tenho a petulância

De perder-me ao alforre

E vender minha alma pura

Assinar-me entre rasuras

Que em pouco irão se apagar...

Ah, ei de fazer-me o meu próprio atavismo

E ei de ser tão crédulo como cínico...

E de bom grado morrer

Quando a vida não me bastar.

Éden
Enviado por Éden em 30/09/2010
Reeditado em 12/11/2010
Código do texto: T2528896