DEPRESSIVAS

Eu espero esvanescer a noite em meu silêncio

busco as resposta pelas frestas escuras do meu tormento

andarilho da madrugada, sem sono, sem sombra, sem nada

minhas lágrimas se confundem com a chuva na calçada

agora ali, outrora aqui, movediço e estático, enigmático

minhas mascáras nestas horas funestas, esparramadas pelo tempo

estou nu, exposto perante a lua luzida e desavergonhada

com memórias encravadas em minha alma amargurada

mas vou ao encontro de não sei onde

se chegar a algum lugar

eu grito

mas sou aquele individuo sem nome

se encontrar meu eu em algum lugar

eu minto

Ita poeta
Enviado por Ita poeta em 30/09/2010
Código do texto: T2528891
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.