Chega! Estou farto disso tudo
Sempre me bate à porta
Com uma palavra que nem é nova
Vem assim me por à prova
Com mais uma palavra torta
Que entrecorta o grito e aborta
A luz fugidia desses pobres versos
Que vem talvez de uma estrela morta
Chega dessa poesia assim deprimente
De quem ao menos nem mais sente
Que a inspiração nem mais aporta
Nesses escuros cais e nunca mais
Viajarão no que sentiram por demais
Chega de mares distantes de antes
Afunda em buscas assim tão errantes
E desembarca em terras desconhecidas
Chega de minhas palavras navegantes
Que anseiam muito pelos silêncios tantos
De se perder nos recônditos dos quatro cantos
De tudo que nem quero tanto dizer mais...
Marcos Lizardo
Enviado por Marcos Lizardo em 29/09/2010
Reeditado em 01/08/2021
Código do texto: T2528591
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