Creia-me p
étala solta,

em busca de alguma cor,
pálida que seja,
feito o avesso de petúnias

lutando contra vidraças

opacas e ásperas,

Contra o tempo

que sufoca e esmaga segundos,
rápido
e traiçoeiramente.

Como se nada mais houvera acontecido
além dos voos descomprometidos

de borboletas vadias
que tatuam portais 
e se vão,
sem ao menos dizer adeus.

Creia-me ,

Poeta que canta sonhos
em gaiolas de algum amor distante.
Perdida em lembranças
tornei-me apenas um pássaro afônico.

Nada mais.

Miriam Dutra
Enviado por Miriam Dutra em 29/09/2010
Reeditado em 25/02/2022
Código do texto: T2528478
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