Quero
Não quero ir por aí atravessando sussurros
indiferenciados
promessas de éden tapado no acaso do caminho,
não quero ser mais a personagem secreta em vida
isolada
sem tempo de pausa engolindo ar já respirado,
não serei esse fruto obsceno enclausurado,
catalogado
em passado congelado, revivido na critica mordaz sibilina
repetidamente exausta comparando nadas desintegrados,
apenas um sopro final desassombrado quero,
misturado com ventos que tudo envolvem,
um grito ecoando em vales e montanhas com rios,
isso, sim,
quero,
isso, sim,
serei.