Meu diário

Ah! O meu diário!

Escrevi quando menina, quase mocinha.

Nele guardei meus maiores segredos.

Confissões que não fiz nem a melhor amiga.

Algumas na minha imaginação eram contáveis

Outras com certeza levar-me-iam ao inferno.

Hoje, revendo os escritos guardados, vejo que

são bobos, coisas infantis, nada que a criançada

atual, não saiba, não leia ou veja nos canais

televisivos à hora da Ave Maria.

Nele contei minha primeira paixão, que devia

ter o dobro de minha idade e que com certeza

nunca soube que existi.

Guardei nele também a impressão do meu primeiro

e escondido beijo, que por sinal não gostei.

Relendo os pensamentos transcritos naquele caderno

amarelado vejo quanto de bom teve o meu tempo de

boba, gostava de voltar e refazer o caminho.

Talvez não mudasse nada ou quem sabe mudaria tudo.

E quem sabe no meu presente futuro estaria dizendo o

mesmo que digo hoje.

Ah O meu diário!

Arlete Araújo
Enviado por Arlete Araújo em 28/09/2010
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