RECOMEÇAR

A chuva verte suavemente pela janela

tarde de primavera.

Os respingos esborrifantes turvam la fora

embaralhando o vulto de uma imagem

que adentra sobre a passarela de jasmins

quando se aproxima a mim.

Bate suavemente a porta

estremeço ate os pés

agora,tudo é o que importa.

Abro,a brisa entra suavemente junto a ela

sinto o seu cheiro de canela.

A porta se fecha atrás de se

abrindo em mim novas esperanças.

Um novo idílio...

Ou martírio!

Seus dedos tocam suavemente o meu rosto

não mais em desgostos...

Seus lábios sedentos procuram os meus

é a redenção do perdão.

A chuva cai ainda la fora

meus sentimentos desmoronam aqui dentro.

Meus olhos esquadrinham o seu corpo

tateando todo uma saudade

quebrantando as minhas vontades.

Adormeço sob o seu colo nu

desafogo as minhas incertezas

no aprazer das certezas.