Indo e voltando

Muros novos querem laços envelhecidos.

Não se deve sofrer pelo mesmo.

Não quero voltar à estação que chora

Lá os passos do curupira são confusos.

O som longe da agonia garante a fuga,

Não por medo, só por tempo de pensar.

A distância certifica a consistência das decisões,

Agora o muro já esta pronto.

Só uma linha é sábia.

O viver é teimoso e examinador,

Cria passarelas virtuais.

Piso e me perco em algumas delas.

Mãos, corações e interesses,

Resgatam-me e seqüestram as incertezas.

Veronica Ribeiro
Enviado por Veronica Ribeiro em 27/09/2010
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