VERMELHO
Duas vidas, a mesma alma dividida
sentindo os dilacerantes toques, em nuanças desapercebidas
Entre lágrimas raras: corrompidas!
Nas saudades do nós: distâncias sentidas!
Corpos distintos, olhares perdidos
no caos das emoções em noite de luar aflito
No cetim vermelho que mascara a pele branca
na sensualidade discreta de lábios, se encanta!
Cascata negra sobre a brancura de vozes
No olhar atento de corpos sedentos, ferozes!
Veludo intimo sob o chão de quimeras
em estrelas perpétuas de nossas rubras eras
Assim nos encontramos
nas pétalas perfumadas de tantos anos
Rasgando o véu que cobre-nos a carne
nos pertencendo sem nenhuma vaidade
Somos um do outro por necessidade
a viver outras vidas nesta vida, o amor de verdade!