VERMELHO



Duas vidas, a mesma alma dividida
sentindo os dilacerantes toques, em nuanças desapercebidas

Entre lágrimas raras: corrompidas!
Nas saudades do nós: distâncias sentidas!

Corpos distintos, olhares perdidos
no caos das emoções em noite de luar aflito

No cetim vermelho que mascara a pele branca
na sensualidade discreta de lábios, se encanta!

Cascata negra sobre a brancura de vozes
No olhar atento de corpos sedentos, ferozes!

Veludo intimo sob o chão de quimeras
em estrelas perpétuas de nossas rubras eras

Assim nos encontramos
nas pétalas perfumadas de tantos anos

Rasgando o véu que cobre-nos a carne
nos pertencendo sem nenhuma vaidade

Somos um do outro por necessidade
a viver outras vidas nesta vida, o amor de verdade!


Fernanda Mothé Pipas
Enviado por Fernanda Mothé Pipas em 27/09/2010
Reeditado em 27/09/2010
Código do texto: T2523732
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