Há uma génese
Há uma génese, um começo
um mar bravio, que professo
um caudal onde transbordo
a foz onde desagua
o rio dos meus sentimentos
gaivota livre e desperta
maresia que inalo
um vento que adivinho
e escurece a minha pele
deixa-lhe o sal entranhado
Há uma estrela divina
um astro rei de calor
uma fonte de energia
um sorriso encantador
toda a luz que me alumia
clorofila em sol maior
a vida em seu esplendor
Há gotas que regam esperanças
que juntam forças e correm
livremente para o mar
é vida que se renova
esta chuva que me afaga
e faz a semente brotar
3º prémio no Concurso de Poesia "O Sol, o mar e a chuva" das Edições Ag