Quando o tempo é um verme monstruoso...
Com apetite vagaroso a roer as entranhas
Com suas formas estranhas de causar medo
E com a sanha tanta dos monstros famintos
Consome-me por dentro a fome dos instantes
As garras das horas dolorosas fincadas na carne
Um pouco de mim morre e se devora a cada momento
Enquanto o verme lentamente passa, passa, passa...
E faz de toda a minha miséria o seu melhor alimento
Falta ainda um tanto de dor para o final do dia
Uma palavra ainda, que ainda não cabe na poesia
Falta ainda um olhar para o fim de todas as coisas
Um último olhar que seja para o resto do resto de mim
Um resquício apenas de tanta emoção diante de nada
Ainda um passo errante diante de nenhuma estrada
Falta ainda o tempo saciar-se
E fartar-se de mim...
Com apetite vagaroso a roer as entranhas
Com suas formas estranhas de causar medo
E com a sanha tanta dos monstros famintos
Consome-me por dentro a fome dos instantes
As garras das horas dolorosas fincadas na carne
Um pouco de mim morre e se devora a cada momento
Enquanto o verme lentamente passa, passa, passa...
E faz de toda a minha miséria o seu melhor alimento
Falta ainda um tanto de dor para o final do dia
Uma palavra ainda, que ainda não cabe na poesia
Falta ainda um olhar para o fim de todas as coisas
Um último olhar que seja para o resto do resto de mim
Um resquício apenas de tanta emoção diante de nada
Ainda um passo errante diante de nenhuma estrada
Falta ainda o tempo saciar-se
E fartar-se de mim...