E agora que esse domingo
Começou ao som de violino
E em silêncio com cheiro de incenso no ar
Um domingo que vem tão ansioso por acabar

E agora que esse domingo
Traz de novo tudo de tão velhas saudades
E um poema que nem sabe por onde começar
E essa vontade que tem ainda muito por esperar

E agora que esse domingo
Já vai se indo assim sem ao menos me notar
Sem dar por mim nas coisas mal paradas
Que se fará logo tarde em minhas palavras mais cansadas

E agora que esse domingo
Vem pleno dos horríveis silêncios e temíveis vazios
De momentos entremeados de sentimentos tão vadios
Em que uma lágrima furtiva escapa e me faz perder os brios

E agora que esse domingo
Se faz tão repleto de uma mesma conhecida melancolia
O domingo que é apenas um dia que vem sem avisar
E essa tamanha tristeza, ainda bem que cheira a sândalo...
Marcos Lizardo
Enviado por Marcos Lizardo em 26/09/2010
Reeditado em 01/08/2021
Código do texto: T2521269
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