CÍRCULOS
Lílian Maial
Por nossa eterna procura,
andarilhos sem calçado,
nos pés: ferida, tortura;
nas mãos: só calo incrustado.
Anseios, todos entoam,
num conhecido refrão,
onde os acordes destoam:
o irmão desperta sem pão.
Desvarios e loucura,
pois que a noite cai a esmo,
sem buscar semeadura,
o futuro é sempre o mesmo...
De procurar, nos perdemos,
a luz findou, no infinito:
cegamos o que não vemos,
calamos o próprio grito.
Lílian Maial
25 de setembro de 2010
Rio de Janeiro - Brasil
Lílian Maial
Por nossa eterna procura,
andarilhos sem calçado,
nos pés: ferida, tortura;
nas mãos: só calo incrustado.
Anseios, todos entoam,
num conhecido refrão,
onde os acordes destoam:
o irmão desperta sem pão.
Desvarios e loucura,
pois que a noite cai a esmo,
sem buscar semeadura,
o futuro é sempre o mesmo...
De procurar, nos perdemos,
a luz findou, no infinito:
cegamos o que não vemos,
calamos o próprio grito.
Lílian Maial
25 de setembro de 2010
Rio de Janeiro - Brasil