TRANSMUTAÇÃO DO TEMPO



Quisera num único segundo a distância transpor
fazer transbordar em ti as equalizações deste amor
Mas consciente de tudo que nos envolve
minimizo a dor da ausência em intímos recortes

Pudera ter-te em meus braços, perto dos olhos a todo instante
e assim sufocar a saudade e a barreira frustrante
E nesse momento em que meu peito se agita
sinto aflorar o eco de nossas almas aflitas

Agonia que me aterroriza a pensar-te somente
em gestos ofuscantes,
neste silêncio insinuante

Por fim, indago-me! E assim mesmo me respondo
Será a distância um destino certo,
a vestir-se de concreto para torturar os amantes?

De certo é apenas passagem,
na transmutação do tempo
pra enfim valorizar o momento
em que de fato pra sempre nos pertenceremos
Fernanda Mothé Pipas
Enviado por Fernanda Mothé Pipas em 24/09/2010
Reeditado em 24/09/2010
Código do texto: T2518816
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